O amor é dos suspiros a fumaça;
puro, é fogo que os olhos ameaça;
revolto, um mar de lágrimas de amantes...
Que mais será?
Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada.
Perco-me quando escrevo... Me perderia de qualquer forma. Afinal, tudo é perda... E calar é muito mais... Escrevo porque preciso. Escrever é como droga. Vício do qual não me abstenho, e no qual vivo. É como veneno necessário. Se compõe de fragmentos do sentimento. Nos recantos dos sonhos é colhido. Das margens bucólicas dos rios da alma. Essas águas deixo escorrer por meus dedos. Não quero o silêncio... Por isso... Que meu coração jamais se cale.
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